O mercado de criptomoedas, um caldeirão fervilhante de inovação e experiências em tecnológica, é onde a criatividade é a moeda mais
valiosa. Dentro desse ecossistema dinâmico, a mineração de criptomoedas
emerge como uma área onde os entusiastas podem testar os limites da
tecnologia. No universo específico da mineração de Monero (XMR), a
comunidade se destaca por sua vontade de experimentar até mesmo com
hardware de jogos.
Recentemente, um minerador anónimo agitou a
comunidade ao compartilhar no subreddit r/MoneroMining uma configuração
peculiar: um Nintendo Switch de 2017 transformado em uma máquina de
mineração de Monero. A imagem revela a interface de mineração em pleno
funcionamento no console que, em tempos passados, era dedicado a jogos
como Super Mario. Surpreendentemente, o Nintendo Switch estava gerando
230 hashes por segundo (H/s).
O cerne dessa ousada incursão
tecnológica reside no algoritmo de mineração Monero conhecido como
RandomX, que se destaca por sua resistência a ASIC. Esta característica
permite que mineradores usem CPUs comuns ou até mesmo dispositivos de
jogos, como o Nintendo Switch, para realizar a mineração. Além de
oferecer uma oportunidade única para experimentação, essa abordagem
diversificada contribui para a segurança da rede Monero.
Entretanto,
a aparente inovação traz consigo uma realidade desafiadora. A
configuração do Nintendo Switch, apesar de sua façanha de 230 H/s, não
se traduz em lucro tangível. A equipe da do nosso Blog, ao recorrer à
calculadora MinerStat, avaliou que, levando em consideração o consumo de
energia de 6 watts, uma taxa de 1% ao pool de mineração e um custo de
eletricidade de US$ 0,1/kWh, o minerador enfrentaria prejuízos.
Estimaríamos cerca de 770 meses para extrair 1 XMR, com um gasto mensal
de US$ 0,43.
Em termos mais diretos, esse experimento custaria ao
minerador aproximadamente US$ 331 por Monero, uma despesa notável
considerando o preço de mercado de US$ 166 à época.
Curiosamente,
a narrativa se expande para além do Nintendo Switch. Um observador
pseudônimo, Untraceable on X, relatou que o concorrente da Nintendo, o
Steam Deck, também foi submetido a testes de mineração de Monero,
atingindo 700 H/s. No entanto, mesmo essa taxa mais elevada não se
traduz em lucros substanciais, dada uma faixa de consumo de energia
entre 15-22 watts.
É intrigante notar que, para muitos
mineradores de Monero, a atividade não é tanto um empreendimento
lucrativo, mas sim uma forma alternativa de adquirir XMR. Essa visão se
fortaleceu, especialmente em regiões onde as bolsas de criptomoedas,
devido a regulamentações rigorosas, deixaram de oferecer Monero. Para os
residentes dessas áreas, a mineração torna-se uma via para obter XMR,
mesmo que o prêmio esteja embutido nos custos de eletricidade.
Em
retrospecto, essa não é a primeira incursão incomum na mineração de
criptomoedas. Em 2021, a do nosso Blog relatou sobre um YouTuber que
utilizou seu antigo Nintendo Game Boy para extrair Bitcoin (BTC),
gerando modestos 0,8 hashes por segundo.
Em última análise, esses
casos curiosos destacam a natureza experimental e, por vezes,
extravagante do mercado de criptomoedas. Enquanto entusiastas continuam a
empurrar os limites, a mineração de Monero com consoles de jogos
mostra-se não apenas uma proeza técnica, mas um reflexo da busca
incessante por oportunidades dentro deste ecossistema digital em
constante evolução.
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