Em um anúncio surpreendente feito pelo CEO da Ledger, Pascal Gauthier, na última quinta-feira (5), a famosa empresa de carteiras de criptomoedas confirmou uma dolorosa notícia: a demissão de 12% de seus funcionários. A culpada por essa onda de demissões no cenário cripto? O mercado de baixa.
Com menos investidores adquirindo Bitcoin e outras criptomoedas, naturalmente, a demanda por carteiras para armazená-las também diminuiu. A Ledger, juntamente com a Trezor, é uma das marcas mais renomadas nesse setor, o que torna essas demissões ainda mais impactantes.
Os funcionários afetados receberam a notícia diretamente do CEO, que escolheu publicar o comunicado no blog oficial da Ledger. Este é um sinal claro da seriedade da situação.
A história da Ledger, que começou há alguns anos, sempre teve como objetivo principal proporcionar segurança às criptomoedas das pessoas. Além de hardware, a empresa desenvolve softwares especializados e já vendeu mais de 6 milhões de carteiras até o momento, como declarado no comunicado.
O CEO enfatizou o legado da Ledger ao afirmar: "Na última década, a Ledger construiu uma plataforma de hardware e software de categoria superior, vendendo mais de 6,5 milhões de Nanos e fornecendo suporte a mais de 100 instituições financeiras. Agora, garantimos mais de 20% dos ativos criptográficos globais. Isso é uma conquista incrível, e continuaremos em nossa missão de fornecer segurança intransigente e facilidade de uso para o crescente ecossistema de ativos digitais."
No entanto, o CEO reconheceu a dura realidade dos tempos atuais e a necessidade de concentração. Ele destacou que, embora dolorosas, as demissões eram medidas indesejadas, mas necessárias.
No comunicado aberto ao público, Gauthier revelou que a falência de corretoras, como a FTX, trouxe um breve alívio para os negócios da Ledger. A percepção de que corretoras estavam enfrentando dificuldades levou os investidores a buscar carteiras para manter suas criptomoedas seguras.
No entanto, esse alívio foi passageiro e logo enfrentaram desafios decorrentes dos "ventos macroeconômicos" desfavoráveis para a empresa. Foi, portanto, inevitável o desligamento de 12% dos funcionários.
Essa notícia é um lembrete de como o mercado de criptomoedas é volátil e como as empresas que operam nele estão sujeitas a suas oscilações. A Ledger, uma líder no setor, agora enfrenta um período de adaptação e reestruturação, esperando, assim, continuar sua missão de oferecer segurança no universo das criptomoedas.
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