Nos últimos meses, figuras-chave representativas da mineração de criptomoedas sediada nos Estados Unidos têm levantado sinais de alerta. Estes sinais surgiram durante uma pesquisa de emergência para recolher informações sobre o consumo e fontes de energia pelos operadores. Esta iniciativa, liderada pela agência de estatísticas do Departamento de Energia, recebeu aprovação para o seu "pedido de emergência" no início de janeiro de 2024. No entanto, esta ação não passou despercebida pela indústria e gerou controvérsias sobre a sua legalidade e motivações subjacentes.
Várias empresas de mineração de criptomoedas e organizações representativas do setor blockchain levantaram preocupações sobre a abordagem adotada e questionaram por que as instituições governamentais estão direcionando sua atenção especificamente para a mineração de criptomoedas.
Uma das principais preocupações levantadas pelos entrevistados foi a falta de clareza sobre os motivos por trás da pesquisa de emergência, levantando suspeitas de motivações políticas por trás da iniciativa. Lee Bratcher, presidente do Texas Blockchain Council (TBC), criticou o que chamou de "pedido de coleta de informações sem precedentes", sugerindo que a ação reflete uma campanha politicamente motivada contra a mineração de Bitcoin e a inovação liderada pelos EUA.
As suspeitas de motivações políticas foram reforçadas por declarações de Bratcher e outros representantes do setor, que apontaram para possíveis agendas por trás da iniciativa, incluindo esforços para limitar ou eliminar a presença do Bitcoin nos EUA.
Essa visão foi corroborada por Brian Morgenstern, chefe de políticas públicas da Riot Blockchain, que rotulou a pesquisa da EIA como um ataque político ao Bitcoin, associando-o à senadora norte-americana Elizabeth Warren.
Além das preocupações com as motivações políticas por trás da pesquisa, também foram levantadas questões sobre padrões duplos na abordagem da EIA. Comentadores questionaram por que a indústria de mineração de criptomoedas estava sendo alvo de medidas de coleta de dados obrigatórias, enquanto outras indústrias que consomem grandes quantidades de energia não estavam sujeitas a medidas semelhantes.
Taras Kulyk, CEO da SunnySide Digital, expressou preocupação com a falta de contexto sobre a intenção da coleta de dados e destacou a aparente seletividade da EIA ao focar no setor de mineração digital.
Além disso, a Riot Blockchain alertou para o precedente perigoso que essa pesquisa poderia estabelecer, permitindo que agências governamentais ultrapassassem limites relacionados a dados confidenciais da indústria.
A controvérsia em torno da pesquisa da EIA também trouxe à tona questões sobre a eficácia de iniciativas anteriores da agência. Colin Harper, chefe de pesquisa e conteúdo da Luxor, empresa de software de mineração de Bitcoin, destacou que a EIA executou apenas um programa piloto para identificar o uso de energia nos data centers em 2018, com uma taxa de resposta baixa.
Essa baixa taxa de resposta levanta dúvidas sobre a eficácia e a necessidade de uma abordagem tão intensiva para a indústria de mineração de criptomoedas.
Em resumo, a pesquisa de energia da EIA dirigida à indústria de mineração de criptomoedas nos EUA tem levantado uma série de preocupações e questionamentos. Desde suspeitas de motivações políticas até questões sobre padrões duplos e eficácia da abordagem da agência, a controvérsia em torno dessa iniciativa reflete os desafios enfrentados pela indústria de criptomoedas em sua busca por reconhecimento e legitimidade nos Estados Unidos.
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