A renomada gestora de ativos Cathie Wood e sua empresa, a Ark Invest, deram mais um passo em direção à tão aguardada aprovação de um fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin. No dia 11 de outubro, a Ark Invest submeteu uma versão revisada do seu pedido à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), introduzindo novos elementos que visam abordar os riscos associados à rede Bitcoin e proporcionar maior clareza aos potenciais investidores.
Este novo pedido de ETF de Bitcoin inclui uma série de avisos adicionais relacionados aos riscos envolvidos. Um destaque notável é a preocupação com o consumo de eletricidade associado à mineração de Bitcoin, uma questão que ganhou destaque devido à pegada ambiental da criptomoeda. Além disso, a atualização do código-fonte do Bitcoin, impulsionada pela comunidade, e a crescente concorrência dentro da indústria também foram mencionadas como fatores de risco.
Uma medida importante introduzida no novo pedido é a exigência de que o custodiante, no caso a Coinbase, mantenha os ativos que respaldam o ETF em endereços segregados na blockchain do Bitcoin. Isso garante que os ativos não sejam "misturados com ativos corporativos ou de outros clientes", proporcionando uma camada adicional de segurança aos investidores.
Vale destacar que a Ark Invest já havia submetido um pedido anterior em abril deste ano, após uma rejeição em 2021. No entanto, a empresa realizou uma série de ajustes no pedido em julho, alinhando-o com as preocupações da SEC, especialmente em relação à manipulação de mercado. Essas revisões incluíram a adição de um acordo de partilha de vigilância com o objetivo de aumentar a transparência e a supervisão do ETF.
Alistair Milne, um proeminente investidor de Bitcoin e cofundador do Altana Digital Currency Fund, observou que as últimas alterações sugerem que a Ark Invest está ouvindo o feedback da SEC e se esforçando para cumprir as diretrizes regulatórias.
O novo pedido também introduz preocupações ambientais, refletindo a crescente atenção dada à sustentabilidade na mineração de criptomoedas, bem como os riscos associados a transações ilícitas que podem afetar negativamente a indústria de Bitcoin e o investimento no Trust.
Eric Balchunaus, especialista em ETF da Bloomberg, destacou que o novo pedido inclui "cinco páginas extras" com informações detalhadas. Ele considerou esse avanço como um "bom sinal" e um "progresso sólido" em direção à aprovação do primeiro ETF de Bitcoin na indústria de investimentos. A Ark Invest e outros defensores de criptomoedas continuam a trabalhar incansavelmente para superar os desafios regulatórios e tornar os ETFs de Bitcoin uma realidade para os investidores.
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