O mercado de criptomoedas é conhecido por sua volatilidade e pela constante busca por padrões que possam ajudar os investidores a tomar decisões informadas. Um dos padrões mais discutidos é o ciclo de 4 anos do Bitcoin, que alterna entre tendências de alta e baixa. No entanto, o especialista em criptomoedas, Jeroen van Lange, apresenta uma teoria intrigante que sugere a existência de um ciclo maior de 16 anos, e a ideia de que o Bitcoin pode estar a seguir os passos de tecnologias disruptivas do passado, como a internet.
Para entender essa teoria, é fundamental compreender os ciclos de 4 anos que o Bitcoin vem atravessando. Tradicionalmente, esses ciclos consistem em três anos de alta, seguidos por um ano de baixa, conhecido como mercado em baixa. Essa estrutura tem se mostrado surpreendentemente precisa ao longo do tempo, atraindo a atenção dos investidores e analistas de mercado.
O que torna essa teoria de Jeroen van Lange ainda mais interessante é a comparação com o ciclo DOTCOM dos mercados financeiros tradicionais. Nos anos 2000, a bolha da internet viu mercados semelhantes de 4 anos, com a maior parte do ciclo em tendência ascendente, seguido por um breve período de queda. Nesse contexto, os três primeiros ciclos de 4 anos do Bitcoin se assemelham aos primeiros ciclos do S&P500 a partir de 1986. Ambos os períodos estão enraizados na adoção de tecnologias revolucionárias que transformam a maneira como a sociedade lida com informações e tecnologia.
No entanto, uma inversão interessante ocorre no último ciclo de 4 anos. Enquanto os ciclos anteriores seguem um padrão de alta seguido por uma breve queda, o último ciclo mostra uma reversão. Isso implica que o Bitcoin poderia surpreender aqueles que esperam um ciclo regular de 4 anos com um mercado em baixa prolongado.
Essa teoria também encontra paralelos na trajetória da Microsoft. A empresa liderou a revolução da internet e experimentou três ciclos de 4 anos de sucesso, seguidos por um ciclo de queda de 4 anos. Levou 15 anos para a Microsoft recuperar completamente o valor das ações após o crash da bolha DOTCOM. Esses gráficos destacam a magnitude das correções após mercados em alta prolongados.
Agora, olhando para o futuro, como esses ciclos podem prever o destino do Bitcoin? Um ciclo de 4 anos típico sugeriria que o Bitcoin continuaria em tendência ascendente até 2025, seguido por um ano de queda. No entanto, a teoria de 16 anos sugere que o Bitcoin seguirá um caminho semelhante ao ciclo DOTCOM. Isso significa que o Bitcoin atingiria seu pico até o final de 2024 e passaria por uma queda prolongada até 2026.
Um dos indicadores mais úteis para os traders de Bitcoin são as taxas de financiamento. Elas refletem se a maioria dos participantes do mercado de derivativos está comprando ou vendendo Bitcoin. Quando o financiamento é negativo em um mercado em alta saudável, o preço tende a subir. Por outro lado, em um mercado em baixa, o financiamento é positivo, e o preço tende a cair. A análise dessas taxas de financiamento pode ajudar a identificar topos de mercado.
Outra ferramenta é o tempo e a observação de mínimos de oscilação. Quebrar abaixo de um mínimo de oscilação durante um ciclo de topo aumenta a probabilidade de um topo. Recuperar esse nível específico pode ser um sinal de que o mercado ainda está em alta. As barras de progresso dos ciclos do Bitcoin também podem indicar quando um ciclo de topo pode estar próximo.
No entanto, é crucial lembrar que muitos fatores influenciam o preço do Bitcoin, além desses ciclos. As políticas econômicas, como a impressão de dinheiro pela Reserva Federal, tiveram um impacto significativo nos mercados financeiros e no Bitcoin. Quando a impressão de dinheiro aumenta, os preços tendem a subir. Quando ela para, os mercados podem entrar em um período de queda. Essas mudanças econômicas fundamentais também moldam o comportamento do Bitcoin.
Em resumo, a teoria de Jeroen van Lange sobre ciclos de 16 anos no Bitcoin convida-nos a repensar nossas expectativas em relação a esse mercado. Embora os ciclos de 4 anos tenham sido uma ferramenta útil para os investidores, a ideia de um ciclo maior que segue a trajetória de tecnologias disruptivas passadas merece atenção. A análise cuidadosa dos indicadores, juntamente com a compreensão dos fatores econômicos em jogo, pode ajudar os investidores a tomar decisões mais informadas e antecipar as reviravoltas do mercado de criptomoedas.
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